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Novas áreas da Bacia do Ceará serão estudadas

Uma nova área de possível potencial petrolífero vai começar a ser pesquisada no Ceará. A Agência Nacional de Petróleo (ANP) concluiu em dezembro último o processo de licitação para escolha da empresa que fará os estudos na chamada Bacia do Ceará, recolhendo e analisando amostras oceânicas em áreas onde ainda não há exploração nem conhecimento técnico sobre a presença de petróleo e hidrocarbonetos.


De acordo com o órgão, o consórcio Fugro/Ipex foi declarado vencedor do certame, e terá até dezembro deste ano para entregar os resultados da pesquisa. O investimento nesse trabalho será de R$ 12,7 milhões.

“Em 2010, a ANP deu continuidade a sua atribuição legal de promover estudos para aumentar o nível de conhecimento sobre o subsolo brasileiro com o Plano Plurianual de Estudos Geológicos e Geofísicos que prevê investimentos em 23 estados brasileiros, entre eles o Ceará”, informou a agência, através de nota de sua assessoria de imprensa.

A Bacia do Ceará já é explorada atualmente, mas somente na porção referente ao município de Paracuru, através dos campos de Xaréu, Atum, Curimã e Espada. A meta agora é conhecer a parte mais ao ocidental da bacia, mais precisamente nas extensões das denominadas sub-bacias de Piauí, Acaraú e Icaraí, ocupando uma área de 9,4 mil quilômetros quadrados. A pesquisa será feita através do testemunhador “piston core”, que é o equipamento usado para proceder este tipo de amostragem.

Serão coletados, para a análise e interpretação, 1000 testemunhos em amostras do assoalho oceânico. “Aqui, visa-se identificar e caracterizar a presença de sistema(s) petrolífero(s) na bacia, através da detecção de exsudações e/ou microexsudações de óleo e gás nas amostras do referido fundo marinho”, explica a ANP.

“Deve-se enfatizar que esta ferramenta exploratória, coleta de amostras e análise geoquímica subseqüente, não se habilita a detectar “acumulações” de hidrocarbonetos, mas tão somente verificar a presença de indícios, ou seja, indicações de possíveis ocorrências, principalmente de gás, porventura migrado de zonas mais profundas da bacia. Trata-se de um método de investigação muito preliminar, o qual, evidenciando anomalias positivas encorajaria a obtenção de novos dados através de ferramentas mais apropriadas para a detecção de acumulações de hidrocarboneto, como a sísmica de reflexão por exemplo”, esclarece o órgão.

As amostram serão tiradas em lâminas d´água compreendidas entre 50 e 2.500 metros, atingindo, assim, águas profundas na bacia cearense. Até hoje, só há produção de petróleo em águas rasas, com até 50 metros de profundidade.

No caso de ser detectada presença de hidrocarbonetos em parte significativa das amostras coletadas, haverá uma importante elevação da atratividade da bacia, podendo levá-la a ser oferecida nos próximos leilões promovidos pela ANP.

 Fonte: Diário do Nordeste (CE)

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